Conversa de café: Os vilões que eu amo odiar

29 janeiro 2016 Falando de Sem categoria

Queridos e queridas….
Agora que me empolguei para falar de outros aspectos dentro da conversa de café, além das resenhas e discussões habituais, preparei um dossiê com os vilões mais odiosos do universo da cultura pop.
Mas não é simplesmente isso não. Estou aqui para falar dos malfeitores mais absurdamente carismáticos da cultura popular, obviamente na minha humilde opinião fecal. Não são simplesmente vilões legais. São aqueles caras que você sabe que são que são filhos de um “tinhoso”, “canhoto” ou “cramunhão”, crias do capeta de tão ruins, mas que de uma certa maneira exercem uma atração.  Seja por diversos fatores, desde estilo da personagem, sua história ou até a interpretação dos atores.
De qualquer forma fiz aqui uma listinha com vilões das mídias mais diferentes possíveis. Sendo elas cinema, séries, quadrinhos.
Então, vamos direto ao papo antes que o café esfrie…
Calvin Candie…
Parafraseando o que Diogo Braga falou uma vez: “… Leonardo DiCaprio só não ganha o oscar porque é muito bom ator, ele precisaria ser um pouquinho pior para poder receber o prêmio…”. Concordo plenamente, o rapaz é muito bom e vem crescendo cada vez mais. Nem lembra mais aquele pequeno imberbe que fez Titanic. 
Em Django Livre, nosso pequeno Jack interpreta Calvin Candie, um senhor de uma fazenda de açúcar localizada ao Sul dos EUA. Escravista, sádico, fanático pelas mortais lutas de mandingos, é um tremendo filho da mãe. Porém, a interpretação é tão boa que a personagem exercer um certo fascínio. Eu simplesmente o odeio, mas eu amo odiá-lo…
 Pablo Escobar…
Um exemplo de empreendedorismo, tudo bem que seus produtos eram considerados ilegais, mas ainda sim ele era um grande capitalista. Um grande empreendedor. Nascido de um família humilde residente dos subúrbios de Medelin, se levantou para combater uma sociedade controlada pelas oligarquias colombianas, nem que para isso ele tivesse que virar um pais inteiro de ponta cabeça. Outro grande canalha, psicopata, egocêntrico, filho da mãe, e extremamente carismático.
Some a tudo isso ao fato de que ele é interpretado pelo excelentíssimo Wagner Moura, que é outro ator que não precisa de nenhum prêmio para ter o seu reconhecimento. E que se dane o fato do espanhol dele ser meio bizarro. Não me incomodou nem um pouco. É até cômico ouvir ele falar: “…Coma mierda…”, “…Plata o plomo?…”. Sensacional…

Doutor Destino…
Esqueça tudo o que você viu no cinema sobre o Doutor Destino. Conseguiram defecar em cima de um dos vilões mais psicopatas e doentios de toda a Marvel, e isso não é para qualquer um. Poucos são aqueles capazes de estragar personagens com potenciais tão fortes. 
Está aí um cidadão totalmente incompreendido pela raça humana. Nasceu em Latvéria e teve toda a sua família perseguida e morta pelo governo local pelo simples fato de serem ciganos. Se eu não estiver enganado isso já ocorreu em algum lugar do planeta por aí na vida real. O coitado perdeu a fé na humanidade. Usando todo o seu intelecto avançado, ciência, tecnologia e ocultismo, Victor Von Doom quer apenas fazer o mundo sangrar para vingar a morte de seus entes mais queridos. Isso mesmo, ele ficou chateadinho e agora culpa a humanidade pelo fardo que carrega.
E para isso começou tomando o poder em Latveria. Ele é simplesmente “dono” de um país inteiro, e tem como minions vários robôs que são cópias de si mesmo para manter o seu governo ditatorial. Isso é muito legal. Sem dúvida, um dos maiores vilões de toda a Marvel.
Hannibal Lecter…
Eita, esse é sinistro demais e são vários os adjetivos que cabem a esse ser. Psicopata, serial killer,  canibal dentre outros…. Esse cidadão fez Ray Liotta comer o próprio cérebro em uma cena totalmente desconcertante. Despertou a fúria do milionário Mason Verger após comer pedaços de sua face, o que certamente também está longe de ser agradável.

Mas o que esse personagem tem de repulsivo tem também de charmoso e intrigante. É um personagem extremamente carismático, e em alguns momentos me vi torcendo para ele, torcendo para que seus planos dessem certo.

Mas, das coisas mais desconcertantes que vi nos filmes desse simpático cirurgião canibal – perceba que não levo em consideração “Hannibal, A Origem” por que é uma merda – nada me abalou mais do que a dança da “xaninha” protagonizada pelo Buffalo Bill em ” O Silêncio dos Inocentes”. Fiquei chocado… Segue o vídeo abaixo.
Cel. Hans Landa…
Já faz um tempo que gosto muito do trabalho de Christopher Waltz, mas reconheço que ele só funciona com toda a sua capacidade quando dirigido pelo Tarantino. Nunca odiei tanto um personagem como odiei Hans Landa, os motivos são muitos. Ser um oficial nazista já seria motivo suficiente para repudiá-lo. Mas não para por aí, ele ainda consegue ser manipulador e intimidar as pessoas com sua retórica infalível.
Ao mesmo tempo que repudio esse vilão confesso que é muito fascinante ver Waltz dar um baile de interpretação. Um verdadeiro artista. O cara é demais. Todas as cenas em quem Hans Landa participa são tensas, complexas, estranhamente lindas, como se fossem pinturas. É muito bonito ver a maneira como Landa manipula a tudo e a todos, como se fossem pequenas marionetes em suas mãos. Esse filho da mãe me deixa tenso, incomodado. Por isso é um dos vilões que guardo com mais carinho dentro de meu coração.
 
Galerinha do bem… Essa foi uma lista dos grandes vilões que tenho certa admiração. Com certeza deve ter faltado algum nessa lista, qualquer coisa eu atualizo depois…
Fique à vontade para participar dessa humilde listinha…
Bjss e abraçoss..

3 Comentários

  • No começo de Narcos eu não enxergava o Escobar como vilão. Até defendia ele. Achava que ele era um cara que fazia para os demais o que o governo não tinha coragem de fazer. E de fato ele uso isso como estratégia para criar um "exército" de pessoas que pudessem defender o legado dele. E até hoje é assim… Ele é um homem muito amado. Por outro lado, sabemos o tanto de coisas erradas ele fez. Enfim, é um bom vilão rsrsrs

    http://www.blogdahida.com

  • Fiquei com essa mesma impressão… O Escobar tem um caráter populista que pode ser observado em sua campanha eleitoral.. Realmente ele passa a ideia do bandidão carismático, ou até mesmo do "rouba, mas faz"…rrsrs

  • Gosto muito dos dois vilões do Tarantino que você citou, mas o Hans Landa é excepcional!!!!!


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